“Somente podemos nos conhecer a nós mesmos e fazer que devemos quando submetemos nossa vontade e cumprimos a vontade de Deus em nós”. (Teresa de Ávila)
Rendição
Os pés são nossos e com eles livremente caminhamos, mas somos mais que nossos pés que podemos ver em movimento.
As mãos são nossas e com elas vigorosamente realizamos, mas somos mais que nossas mãos que podemos fotografar em ação.
A mente é nossa e com ela pensamos, ordenando os passos simples dos pés e os movimentos claros das mãos.
A mente, onde nossos pensamentos são gerados, é complexa. A mente é mais que o cérebro, que, como se fosse um extraordinário computador, processa os dados da memória, as experiências novas, os ensinos recebidos, os sonhos acalentados, os princípios sedimentados, os hábitos estabelecidos, os princípios assumidos como certos e as emoções diante da realidade, numa lista sem fim.
A mente aprende a pensar de um certo modo, mas diz que é autossuficiente para organizar os pensamentos e as emoções, como se guiasse a si mesma. Esquece ela que, quando se guia, vai por uma estrada que tem começo e fim definidos, margens e curvas demarcadas, subidas e descidas inevitáveis, depressões e elevações súbitas.
A estrada que nos leva é o resultado de um projeto.
O que a fé propõe é que, ao trafegar, a mente humana use, sem deixar a razão de lado, a sua competência para se deixar conduzir por quem fez a estrada.
Reproduzido do site PRAZER DA PALAVRA, de Israel Belo de Azevedo, que pode ser ser acessado em www.prazerdapalavra.com.br.