“O que é questionável e perigoso sobre os extremistas não é que sejam extremos, mas é que são intolerantes. O problema não é o que dizem sobre suas casas, mas o que dizem sobre seus adversários”. (Robert F. Kennedy)
Fugindo dos extremos
Os extremos nos perseguem e, às vezes, nos alcançam.
Há extremismos ideológicos, que levam pessoas a aderir a ideias e se agarrar a elas como se fossem as únicas dignas de crédito. Algumas são capazes de morrer e matar por essas ideias.
Há extremismos teológicos, sobretudo aqueles centrados em torno de líderes carismáticos que se apresentam como personificações divinas e entorpecem as consciências, para que não pensem.
Há extremismos psicológicos, que escravizam as pessoas ao vício, fragilizam suas emoções e lhes arrancam alegria de viver.
Há extremismos de muitos tipos e nenhum deles nos faz bem.
Diante da ideologia, devemos nos lembrar que as opiniões são importantes, mas podemos mudar de lado. As ideias nos movem, mas não nos devem dominar. Não são as ideias que nos possuem; nós é que as temos.
Diante da teologia, nosso compromisso com a fé não pode abdicar da razão, mesmo que não deva ser vista como final. Ter fé é uma forma de pensar profundamente, com a diferença, no caso cristão, que a razão se organiza sobre as páginas da Bíblia.
Diante da psicologia, não como ciência, mas como o retrato de nossa alma, devemos considerar as heranças que nos formaram, mas sem permitir que nos determinem, embora nos influenciem.
Reproduzido do site PRAZER DA PALAVRA, de Israel Belo de Azevedo, que pode ser ser acessado em www.prazerdapalavra.com.br.